O inglês no mercado de trabalho foi apontado por muito tempo como o grande diferencial de alguns profissionais. Mas atualmente há quem diga que esse é um pré-requisito. Nesse artigo você entende qual o papel do inglês atualmente no mercado e o que isso muda para os candidatos a uma vaga.
Inglês como barreira para profissionais
O inglês é o terceiro idioma mais falado no mundo, ficando atrás do chinês e do espanhol. Mas se estabeleceu como uma língua estrangeira indispensável para o mercado de trabalho brasileiro. Principalmente de empresas de grande porte que fazem negócios com empresas do exterior.
Para os profissionais que buscam uma carreira nessas empresas, não ter o inglês se tornou uma grande barreira.
Dominar o inglês infelizmente é uma realidade para poucos no país. Em 2018, uma pesquisa realizada pela Education First divulgou o índice de Proficiência em Inglês. O Brasil despencou em relação à avaliação anterior, chegando a 53° posição, perdendo 12 posições em apenas um ano.
Outros países da América Latina também apresentaram queda de posições. Como o Peru, Colômbia, Panamá e Equador.
Em 2018, no estudo mais recente, o nosso país teve o pior desempenho de todos os anos. Ficando na categoria de países com baixa proficiência em inglês.
A Education First chegou a se mobilizar em nota sobre a situação da América Latina. Essa foi a única região que teve queda no estudo ao invés de apresentar melhora, como outros países.
A Instituição realizadora da pesquisa afirmou em nota que "sistemas educacionais de baixo desempenho e altos níveis de desigualdade econômica dificultam os esforços para melhorar a proficiência no idioma nos países da América Latina".
A pesquisa é realizada pela internet com pessoas que se voluntariam e fazem uma prova de forma gratuita. Na última pesquisa 60% dos participantes foram mulheres e a média de idade dos participantes foi de 26 anos.
Os países são separados em categorias de proficiência. As categorias são: Muito alta, alta, moderada, baixa e muito baixa.
Na categoria baixa, mesma que o Brasil, ficaram acima do nosso país: Indonésia, China, Chile, Japão, Taiwan, Albânia, Paquistão e Geórgia. Abaixo de nós, mas na mesma categoria, ficaram: Etiópia, Guatemala, Panamá, México, Sri Lanka, Peru, Colômbia, Bolívia, Egito, Bangladesh, Tailândia e Equador.
O país com mais baixa proficiência que ficou na última posição de todos os países incluídos na pesquisa foi a Líbia.
Já os mais bem colocados na categoria de proficiência muito alta foram a Suécia, Holanda e Cingapura.
Requisito nas entrevistas
Para quem tem pouco ou nenhum conhecimento da língua, não adianta mentir no currículo. O inglês no mercado de trabalho é essencial, quase um requisito. Se você indicou algum conhecimento no idioma ele com toda a certeza será questionado na entrevista.
Muitos entrevistadores começam a falar em inglês na hora do processo seletivo. E se você não conseguir estabelecer uma conversa com ele no momento da entrevista, provavelmente perderá pontos valiosos.
A dica é ser bem claro sobre o seu nível de conhecimento. Caso não saiba nada de inglês ou nível básico, se mostre aberto para aprender. Deixe claro que aprender o idioma é uma meta sua.
Aumenta as chances de conseguir trabalho
Com o aumento do trabalho informal por conta da baixa nas vagas de emprego nos últimos anos. Ter o idioma tornou-se requisito e não mais um diferencial. Por mais que a maior parte dos brasileiros ainda não tenham conhecimento do idioma.
Assim quem possui o maior nível da língua aumenta suas chances de conseguir a vaga. O inglês no mercado de trabalho não é mais um diferencial. Porém ainda é necessário a comprovação, certificados são muito exigidos pelas empresas.
Mas se você aprendeu por conta própria e pode comprovar que sabe o idioma falando na entrevista. Não deixe de ressaltar isso, pois mostra uma ótima característica, a sua dedicação para realizar uma meta.
Aumenta o salário
A empresa Catho fez uma pesquisa que avaliou os salários de vários cargos com o idioma. E mostrou que o inglês é sem dúvida um diferencial no salário desses profissionais. E o nível salarial condiz inclusive com o nível de conhecimento do profissional no inglês.
Cargos altos
A diferença no salário de diretores com inglês fluente e inglês básico era de 5 mil. Já para gerentes e coordenadores a diferença salarial entre profissionais com inglês fluente e básico é de 3 mil.
Outros cargos
Para cargos Junior, Pleno e Sênior e cargos de assistentes e auxiliares a diferença salarial varia entre R$1500 e R$200. Portanto quanto maior o cargo, mais o inglês se torna um pré-requisito e diferencial no salário do colaborador.
Precisa ser fluente?
Não necessariamente a pessoa que se candidata a qualquer vaga de emprego precisa ser fluente. Vai muito mais do perfil da vaga. Se você vai ser assistente ou trabalhar operando alguma função mais interna pode não precisar mais do que o inglês básico.
Para quem quer um cargo mais alto, ou busca ser promovido e até enviado pela empresa para alguma negociação em outros países. O inglês é mais do que necessário e de preferência fluente.
Você não precisa de um intercâmbio ou de anos em uma escola de inglês para aprender. Embora a vivência no intercâmbio agregue a vida tanto pessoal, quanto profissional. É possível que você faça um curso online, é uma atitude simples, mas que pode fazer toda a diferença.
Para quem não tem nenhuma base, começar por um curso de inglês para negócios, pode ser uma solução momentânea. Como o próprio nome diz, é uma modalidade mais focada no idioma para o mercado de trabalho.
Esse é um ótimo começo para quem busca aprender o idioma o suficiente para buscar um emprego. Porém é indicado não parar por aí. O inglês não é um bicho de sete cabeças e você pode e deve estudar em casa e também se matricular em um curso assim que possível.
O que você acha sobre o inglês no mercado de trabalho? Você tem fluência ou costuma encontrar esse requisito nos anúncios de vagas de emprego? Conta pra gente nos comentários!
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